Publicado no Jornal Letras Santiaguenses jul/ago 2006
O garotinho parou e olhou
Assustado, coitado, estava muito frio
Mas não, não! Precisava continuar caminhando
Imagina se parasse e viesse
Não havia erro, perderia tudo!
E amanhã, o que teria?
Nada.
Apertou com sua mãozinha o máximo que pôde
E ele estava vindo!
Manteve o passo apertado, o vento frio cortava
Olhou para trás e para a frente. De novo. Correu...
Como seria amanhã, se ele alcançasse?
Pensava naquilo com todas as forças do mundo
Era o mais importante, o resto não passava de resto.
Foi quando deu um trupicão e o corpo lançou-se à frente
Mãozinhas frágeis abriram-se
A moedinha, única e singela, desprendeu-se de seu dono
O que fez os olhos marejarem
E um rio de água salgada escorrer pela face pálida
Fora-se o dinheiro, a vida, o pão
Seu alimento tão sagrado e desejoso
Agora distante e nas mãos de outro garoto
De rua...
Olá, meu caro.
ResponderExcluirVenho dizer que, seu blog é espetacular. Tem conteúdo, tem carisma, e deixa os leitores a vontade. Ao menos eu, me senti em casa. Gosto da espiritualidade crítica, e claro, a escrita maravilhosa. Vou seguí-lo com prazer. Mas também quero fazer um convite para que venha visitar o Sombras do Vento. Sua visita será sucesso!
http://victorlonguiaraujo.blogspot.com/
Um grande abraço.
Até desejavelmente breve!
Victor Araújo.