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terça-feira, 12 de outubro de 2010

O HERÓI, CONSELHEIRO E PAI

Publicado no O Jornal de Uruguaiana, em 04 ago 2010.

“Você culpa seus pais por tudo
Isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer?”
Nas palavras de Renato Russo inicio esta crônica que reflete sobre os mais diversos pais que comemoram o seu dia no próximo domingo, dia 8 de agosto. Sejam eles pais bons ou nem tanto assim, conselheiros, negligentes, zelosos ou superprotetores. Esses pais que já foram crianças e por vezes têm atitudes de crianças, são as mesmas pessoas que seremos no futuro, salvo se não tivermos filhos e nunca assumirmos esse papel com outros entes queridos.
Vi neste final de semana que passou, um jovem subindo para o ônibus, rumo a Santa Maria, e seus pais parados, olhando o coletivo ir, levar seu filho, o tesouro das suas vidas e sumir na esquina. A mãe usava óculos escuros, mas algumas lágrimas eram visíveis escorrendo pelas beiradas dos óculos, acusando o seu pranto interior. Abraçado a ela o pai postava-se sério, sem chorar, olhando com profundidade para o ônibus que desaparecia. Claro que se derramava em lágrimas por dentro, mas precisava secar o choro da esposa, acolhê-la, dizer-lhe que no próximo final de semana, dali a um mês ou nas férias seguintes ele estaria de novo, chegando naquele mesmo ônibus, inteiro, são e salvo. Talvez sem as lágrimas do embarque e possivelmente com um largo sorriso no rosto.
Não que os pais sejam insensíveis, mas é típico do homem segurar o choro, aparentar estar menos sensibilizado. Interiormente a pessoa é um chorão, dengoso, mas a mãe dos seus filhos poucas vezes o verá em prantos por causa do filho que mora longe. Se chorar ela chora também. Então é melhor segurar. Ao menos quando tem alguém por perto.
Infelizmente, algumas vezes esses jovens não reaparecem nos ônibus. Nesses casos os pais recebem a notícia que o filho faleceu em outra cidade. Acidente de carro, desastre natural, suicídio ou outros motivos. É o pior reencontro com o filho que um pai pode ter. Meu primo faleceu há exatos sete anos atrás quando retornava de uma festa ao final da madrugada. Colidiu o carro num poste e não suportou os ferimentos. Chegaria em casa e viajaria com o pai.
Não menos trágico foi viajar até a cidade natal de um jovem que trabalhava comigo e se suicidara, em 2006, e entregar os pertences dele aos seus pais. A mãe olhava consternada para as roupas e demais materiais dele. O pai parecia mais sereno. Talvez estivesse assim porque sua esposa precisava contar com alguém. E seria com ele.
Mas também de momentos felizes os pais recheiam a vida dos filhos. São os heróis até a adolescência, aconselham na escolha da profissão, na decisão de largar o emprego, apoiam o orçamento que furou nesse mês ou simplesmente têm um abraço gostoso e seguro quando tudo em volta amedronta.
Muitos desses pais comemoram pela segunda semana consecutiva o seu dia. No domingo passado celebrou-se o Dia do Motorista, profissão predominantemente masculina. São eles que mereceram um dia especial para celebrar sua nobre profissão perigosa, desgastante e importante.
Estes pais merecem ser louvados. Vivos ou mortos, se contribuíram para o crescimento de seus filhos, fazem jus ao Dia. Já pais como o conhecido em cadeia nacional Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella, não deveriam receber este honroso nome. Ganhou sua fama junto à madrasta Anna Jatobá após Isabella cair do apartamento onde morava e ser o principal suspeito, inicialmente, pela morte da pequena. Após considerável tempo que só ricos e políticos conseguem protelar, foi julgado e considerado culpado. Ele é pai, sim, biológico, mas só mereceria ser chamado de pai quem levasse amor ao descendente, educasse e protegesse. Porque como ele há muitos outros homens que só devem ser considerados pais biológicos. Não assumem a paternidade, batem nos filhos, vendem para o tráfico de inocentes, abusam sexualmente e fazem barbáries com aqueles que deveriam receber proteção.
A estes últimos, o domingo é um dia como os outros. A todos os demais, é uma data para comemorar, parabenizar os pais que estão vivos e tentar aproveitar ao máximo o tempo com eles. E se não estão mais entre nós, vale agradecer a Deus (ou da maneira que o credo orientar) por um dia terem passado por nossas vidas.

AMIGOS DE SEMPRE

Publicado no site da Casa do Poeta de Santiago,
em 08 junho 2010

Semanas atrás fui para Santa Maria a trabalho. Uma semana. Inicialmente fiquei chateado, pois essa viagem atrapalharia muito os meus estudos. Mas eu sabia que coisas boas estariam por vir. Isso porque já morei lá e quando saí deixei muitos amigos que até hoje converso. Não com a mesma periodicidade, mas ainda tão íntimos quanto um irmão mais velho. E também ficou um casal de velhinhos (vamos chamá-los de melhor idade, porque o espírito jovem deles torna injusto alcunhar-lhes dessa maneira). Os eternos tio Newton e a tia Criseida.
Conheci-os em 2004 num Grupo de Jovens chamado Jufra. O local? Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. O significado de Jufra? Juventude Franciscana. Podes procurar no Orkut. Vais encontrar muitas comunidades inspiradas em São Francisco de Assis, o protetor dos animais. Assimilei esses conceitos e muitos outros com os tios. Mas o mais importante foi a experiência de vida que eles me transmitiram. Os valores que passaram com seu exemplo. E a sempre solicitude que eram e ainda são com todos a sua volta.
Retornar à casa amiga sempre é bom. Traz consigo um pouco de nostalgia. Mas novos ares, por mais conhecidos que sejam, sempre são bons. Pessoas novas que se encontra. Tio Newton e tia Criseida reencontrados.
No sábado dei uma espacapadinha do trabalho e fui à reunião semanal da Jufra. Cheguei antes dos tios. E encontrei dois ou três rostos conhecidos ainda de 2004 e o resto era tudo pessoal novo. Conversava com o Guilherme quando brados e canções davam salvas a quem chegava. Eram os tios. Uma rapazeada de 15 a 18 anos, quase ninguém passava dessa idade, todos louvando a presença dos tios. Fiquei feliz por isso. Abraçamo-nos e atualizamos alguns fatos. Porque pôr em dia tudo precisaria de mais uma semana.
Ao final do encontro cada um fez uma prece em voz alta. Agradeci a receptividade de todos e em especial do tio Newton e da tia Criseida. Salientei que como meus pais moravam em Uruguaiana em 2004, foram eles os meus pais de Santa Maria. E acho que ainda são. Porque pai não é somente aquele gerou, mas quem criou, quem amparou nos momentos ruins e quem inspirou confiança quando um mar de dúvidas nos domina. E não continuei. Porque prosseguir falando como eles haviam sido bons comigo far-me-ia derramar algumas lágrimas.
Foi bom vê-los. Também ótimo descobrir que outro amigo que fazia agronomia desencantou-se com a vida do campo e rumou à filosofia. Tenho, então, um amigo filósofo! disse-lhe. Quase isso, redarguiu-me, talvez achando um tanto elevado o título dado. Mas como ele não seria se andava à volta de Kant, Rousseau, Sócrates e tinha na cabeceira um livro de Platão? Era gostoso conversar com ele e ver-lhe os questionamentos intermináveis e relativismos sempre ponderados com a teoria lida e o conflitante empirismo. Perdia um pouco a graça quando chegava ao ponto de, mesmo esforçando-me muito, não conseguir acompanhar seu raciocínio e abstrair suas ideias.
Também achei incrível quando o Guilherme, outro amigo meu e anfitrião da minha morada naqueles dias, ligou para outro conhecido dos tempos de Santa Maria. Adivinha quem está aqui? Uma chance. E do outro lado veio o tiro na mosca. O Giovani. Dois anos depois eu retornava a passeio ao centro do estado e ainda assim ele acertara supondo que eu lá estava. Assustei-me com isso, pra não dizer que fiquei lisonjeado.
Voltei a Uruguaiana no domingo, exata uma semana depois de haver abandonado a Fronteira Oeste temporariamente. E muita história para contar. E com um sorriso nos lábios. E com as amizades reforçadas. E com a certeza de serem os tios, o filósofo e todos os outros, as pessoas que verdadeiramente fazem uma cidade ser hospitaleira ou não. Que tornam acolhedora ou insensível, Santa Maria. Serem as pessoas que lá vivem as causadoras de boas ou más lembranças. Com Uruguaiana é a mesma coisa. É uma cidade longe de Porto Alegre? Depende do ponto de vista. Eu responderia que não é longe da capital e sim perto de Buenos Aires. Se aqui falta alguma coisa que num centro maior tem, falo sobre o que é material. Porque as pessoas boas que encontrei em Santa Maria existem aqui também. Com outros nomes e sobrenomes, mas são de carne e osso. E coração.

O QUE VOCÊ FEZ NAS FÉRIAS?

Publicado no jornal Letras Santiaguenses de mar/abr 2010

Se eu fosse adolescente, quando voltasse às aulas e fizessem aquela pergunta clássica o que você fez nas férias, teria muitas histórias para contar. Mas dentre todas, as que giram em torno dos familiares são incrivelmente as melhores. Tudo bem se fez festa, se conheceu cidades novas, pessoas diferentes; mas se reviu os parentes, os primos, se saiu com eles ou teve um papo de horas a fio, sentado num banquinho de madeira sorvendo um amargo, aí sim está a melhor parte das férias.
Fui para minha cidade natal, Santo Ângelo. De última hora acabei saindo com minha prima, mais nova, e os pais dela. Ia comigo um amigo de anos que decidiu aventurar-se entre os meus conterrâneos. Fomos à Kerbfest Missões, uma festa que ocorre anualmente em São Paulo das Missões. É uma terra de descendentes de alemães, mas tinha gente de todas as etnias lá. Conheci primos da minha prima e primos dos primos. Uma família grande, uma vez que meu tio possui onze irmãos. No caminho para a tal festa passamos por Salvador das Missões, outra cidade minúscula da região mas de valor incomparável, com tradições tão fortes e bonitas quanto as de São Paulo das Missões.
No início das férias minha ideia havia sido ir a Salvador, BA, de avião, para depois ir a Porto Seguro. Mas houve problemas e acabei abortando a viagem. Iria fazer uma escala em São Paulo, porque assim o voo saía mais barato. Ao cruzar pela placa de Salvador das Missões veio uma luz e mandei uma mensagem para minha mãe: “Estou com o tio Cênio. Chegamos em Salvador e depois vamos a São Paulo”. Claro que falava das cidades das missões, mas a brincadeira já estava feita. Não deixara, assim, de fazer as viagens que pretendia. Tinha um missões depois dos nomes das cidades, mas isso era um detalhe.
E passear com meus tios foi bom. Conversar com minha prima que já tinha 15 anos foi diferente, pois ela já não era mais uma menininha, uma criança. Já dava para ter papos mais adultos, ela já compreendia as coisas com maior profundidade que alguns anos antes, quando ainda era a priminha menor.
Ainda em Santo Ângelo, na casa de meus avós paternos, fomos pegar os ovos no galinheiro. In loco, fizemos algo que pessoas de grandes metrópoles dificilmente têm acesso, que é o contato direto com os animais e a aquisição do alimento direto da fonte. Porque tenho minhas suspeitas que há crianças achando que o leite é produzido numa máquina e que a vaca não tem nada a ver com isso. E por que um pensamento assim? Porque a vida no campo é algo muito abstrato em determinadas cidades.
Percebi-me um urbano irreversível quando entrei no galinheiro. Nos idos anos da minha infância eu brincava com as galinhas, agarrava-as, tomava bicadas de galos, fazia arapucas, prendia-as e depois soltava, pelo simples prazer de sentir-me superior àquelas aves. Já adulto, não criei coragem suficiente para levantar uma galinha e pegar seus ovos. Estávamos eu, minha prima e esse amigo aventureiro. Depois de cinco minutos conseguimos afugentar o galináceo e logramos os cinco ovos que estavam escondidos sob o animal. Mas para isso toda a família mobilizou-se para assistir à hilária situação. A avó e a tia riam-se de nós. A outra tia retratava e levava à eternidade aqueles momentos de extrema graça. E meu avô, que havia se acidentado há poucos dias, caminhava com dificuldade e tinha curativos por todo o corpo, também parou para olhar aquela cena, no mínimo, ridícula. Tenho provas em vídeo de que foram precisos três para tirar a galinha do seu lugar. De longe ela parecia tão inofensiva. Mas bem próxima suas feições adotaram um aspecto mau e o olhar fuzilava-nos.
Revi, ainda, meus parentes de Tuparendi. Para quem não é do Rio Grande do Sul e talvez até mesmo os que são e não têm noção de onde estou falando, sugiro entrar no Google Mapas que ele mostra certinho onde ficam todos esses municípios citados. Por serem cidades pequenas e de evidência menor na mídia, acabam sendo desconhecidas nos rincões mais longínquos. Conversando percebi que há quase dois anos não ia lá. Senti-me envergonhado, mas era tarde. Porque quando alguém morre, toda a parentada vai até o local do velório. Mas nas horas boas, pra rever um parente querido, vivo, ninguém aparece. Até então eu também não aparecera.
São simples acontecimentos como esses que fazem valer as férias. Que compensam os gastos e desgastes com as viagens. Infelizmente, nem todos têm uma boa relação familiar. E isso, com certeza, é um ponto importante. Mas família não é, obrigatoriamente, aquelas pessoas de mesmo sangue, mesma carga genética. Podem ser as pessoas que sentimos como nossos entes queridos, em quem temos um porto seguro, podemos confiar, desabafar. E rever essas pessoas adoráveis é muito importante. E, se possível, que não seja só nas férias.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SOBRE LOBOS E HOMENS

Publicado no Jornal Letras Santiaguenses mai/jun 2008

Anoitece. O dia está no seu limiar entre a luz e a sombra, os objetos não se definem mais. É a penumbra. Contudo, isso não é o suficiente para a Patrulha Alfa. Pertencente ao 10º Batalhão de Infantaria da 3ª Brigada Paraquedista Norte-Americana, a Patrulha está incumbida de resgatar um Major capturado pelos nazistas. Só se ouvem os grilos e o Sargento Mark Bryan tem o honroso dever de conduzir seus exaustos homens até o Major John Champers, que certamente espera pelo resgate.
Bryan visualiza entre as folhagens um alemão. O inimigo. A vítima. O Sargento Bryan mirou na cabeça do nazista, começou a acionar o gatilho, quando tudo escureceu. É o fim! Era só o que faltava! Na empolgação do momento, Cristiam havia chutado o cabo de energia do computador e o desligara.
Já imaginava a zoação no dia seguinte, quando fosse para a escola. Seus colegas lhe chamariam de fraco, diriam que ele, sabendo que não ganharia o jogo, desligara o computador. E não era nem possível dizer-lhes que vencera aquela fase. Estavam jogando em rede e todos sabiam o momento em que ele se deslogara. Já decepcionado por seu ataque interrompido, olhou no relógio, mas não se admirou mais. Eram cinco horas da manhã. Nenhuma surpresa. Estava realmente na hora de deitar.
Assim como Cristiam, acontecimentos como esses já são rotina em nem tão poucos lares brasileiros. Infelizmente, muitos jovens extrapolam os limites entre diversão e vício, varando noites acordados jogando em rede, em chats, acessando todo e qualquer conteúdo na internet.
A popularização do computador, e isso é uma vitória, vem crescendo em proporções geométricas, mas a consciência dos novos riscos aos quais o usuário dos micros se expõe, não acompanha esse crescimento. Lembro-me que em 2000 meus pais compraram um computador. Foi motivo de festa lá em casa. Até então, eu morava com eles. Estava no colégio. Muitos colegas meus possuíam um exemplar destes e falavam sobre coisas que, por vezes, eram-me abstratas.
O computador que possuíamos era um 486, sem internet e com poucos jogos. A maioria era do tipo “Pac-Man”, “Snake” ou “Tetris”, aquele das pecinhas que deveriam preencher a linha para serem eliminadas. Muito aquém dos atuais Counter-Strike, Call of Dutty ou Age of Empires. Mas era possível ocupar aquela máquina para digitar trabalhos no Word para o colégio, fazer slides no Power Point para apresentar na sala de aula. Com o tempo, as máquinas foram evoluindo e as funcionalidades para elas, também. Passou-se a acessar páginas de empresas, sites de bate-papo e conversar com pessoas de outro lugar do Brasil sem sequer levantar-se da cadeira. Parecia-me que a evolução digital do homem havia chegado ao seu ápice. Mas ela nem efetivamente estourara. Evoluímos para as mensagens instantâneas com voz e imagem, para a televisão no monitor e por aí segue.
Mas armadilhas neste novo mundo, não faltam. É só você pesquisar o seu nome em sites de busca para ter uma noção do que falo. E como na internet, a identidade dos usuários é praticamente inidentificável, pois rastreá-la é uma tarefa muito árdua quando não impossível, centenas de pessoas valem-se dessa premissa para utilizar a Rede Mundial de Computadores para praticar todo e qualquer tipo de ilegalidade.
Assim como o nosso amigo Cristiam, do início da história, muitos outros jovens entram em um mundo e nele permanecem por horas, alheios os fatos externos. E nessa fábula que um computador cria, rapazes e moças conversam, namoram, brigam, aprendem, se divertem e se perdem na enormidade de opções que a Grande Rede proporciona. Vale a pena ressaltar que boa parcela dos pais não está inserida no mesmo mundo de seus filhos. Por ficarem distantes dos acontecimentos reais ocorridos no mundo virtual, os pais passam a não acompanhar o desenvolvimento dos filhos.
Não estou aqui julgando nenhum pai, nenhum filho. Não tenho formação para isso e jamais teria tal audácia. Mas é se baseando em tristes acontecimentos que venho a fazer essas afirmações. É me amparando na reportagem da Revista Época do dia 11 de fevereiro de 2008, edição nº 508, que falo com pesar de um claro exemplo de má utilização da internet aliada à má influência de “amigos virtuais”. A reportagem fala sobre o gaúcho Vinicius Gageiro, 16 anos, que se suicidou em 2006 na própria casa, em Porto Alegre, estimulado por outros internautas. Por anônimos internautas. Pessoas as quais nunca saberemos o nome, mas que sabem o que fizeram e qual foi a consequência de suas palavras. O jovem Vinicius se autodenominava Yoñlu. Produzia músicas e as divulgava pela internet. Seu fim precoce foi relatado na reportagem daquela revista e alerta pais para esse problema seriíssimo.
Em abril de 2008 foi lançado o disco póstumo de Yoñlu, através da Gavadora Allegro. Faço essa referência ao jovem, pois me deixou muito triste ver o modo como partiu. Alertou, contudo, para mais uma armadilha que pessoas de mau caráter realizam. Alarmo os pais a este risco. Alarmo para a necessidade de verificar os sites que seus filhos acessam. Alarmo para acompanhar o crescimento, o desenvolvimento dos seus filhos, seja nesse mundo ou no virtual.

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