COMPARTILHO COM VOCÊS O PRIMEIRO DE CINCO TEXTOS MARAVILHOSOS QUE FORAM OS VENCEDORES DO 3º CONCURSO LITERÁRIO ELVIRA CERATTI. O concurso ocorre desde 2012 na Escola Municipal de Ensino
Fundamental do Complexo Escolar Elvira Ceratti, com alunos de 6º a 9º anos. A
escola está localizada no bairro São Cristóvão, União das Vilas, em Uruguaiana
– RS.
Foram 144 textos inscritos em
cinco categorias:
- 6º Ano (conto);
- 7º Ano (poema);
- 8º Ano (poema);
- 9º Ano (crônica);
- Texto em espanhol (6º a 9º
anos).
Borboleta azul (conto) – aluno Carlos Alexandre Aimon –
6º Ano
Era uma vez um menino igual a
todos. Ele só tem um problema: ele é paraplégico. Os médicos lhe falaram que
tinha poucos dias de vida. Quem olha diz que ele aceitou aquela doença. Mas
vamos logo à história, né.
Ivan sempre ficava ali olhando os
outros meninos na rua jogando bola. Olhava eles pela janela. Seu sonho era
pegar uma borboleta azul. É, uma borboleta, sim!
Todos riam dele, mas Ivan
ignorava. Não dava bola para os outros.
Um dia conheceu um escritor que
conhecia uma selva cheia de borboletas azuis.
Chegou o dia de ir à selva. Ivan
estava feliz porque iria ver uma borboleta azul que queria. Viajou de avião,
pegou um barco, viu macacos, aranhas. Chegou a uma cidade na selva, perto de
rios, riachos e matagal.
No outro dia, Ivan procurou as
borboletas azuis, passou por lagoas e riachos e nada de borboletas. Ivan já
estava cansado. Anoiteceu e os dois voltaram à cidade.
Amanheceu. Ivan estava louco para
ir à selva. Saíram cedo, pegaram o mesmo caminho. Passou uma hora e nada. Ivan
já estava cansado de segurar nas costas o escritor. O escritor convidou Ivan
para ir numa cachoeira e Ivan aceitou. Nadaram bastante. Estava escurecendo,
Ivan e o escritor voltaram.
Amanheceu, passaram mais três
dias e nada.
Um dia viram uma borboleta. O
escritor correu. Quando estavam por pegar, caíram num buraco, se seguraram num
galho, saltaram numa parreira. O escritor quebrou a perna e estava sangrando
muito.
Ivan estava com tanto medo, pegou
a faca do escritor e foi se arrastando.
Amanheceu, a mãe de Ivan estava
ali ao lado dele, tentando acordá-lo. Ele acordou, falou que o escritor estava
mal, pero da cachoeira.
Dois homens saíram, que estavam
com a mãe de Ivan. Os dois homens saíram correndo. Ivan e sua mãe foram até a
cidade e os homens estavam trazendo o escritor num tronco de uma árvore. Pegaram
as coisas de Ivan e foram à cidade de barco. Antes de ir uma menina gritou
“Ivan!” e ele perguntou o que ela queria.
Ela lhe deu uma borboleta azul
numa gaiola de madeira pequena. Ele deu um abraço nela e disse “obrigado!”.
Subiu no barco e foram à cidade
rapidamente. Chegando lá, Ivan pensou em largar a borboleta. Largou-a e pensou
que um dia estaria também voando, só que em outro lugar no céu.