terça-feira, 25 de setembro de 2012

AO VENCEDOR, AS BATATAS



Quando lemos os números das Olimpíadas de Londres, eles deslumbram. Foram 34 modalidades, bilhões de telespectadores assistiram às competições, 4.700 medalhas brilharam no peito dos competidores, a delegação brasileira contou com 259 atletas e eram 10,5 mil atletas de 191 países. E mesmo ainda faltando alguns anos, os números das Olimpíadas e da Copa no Brasil já atingem os milhões de reais nas verbas destinadas aos estádios e ao parque olímpico. Infelizmente, a recente história indica que muitos desses milhões irão para contas paralelas.
De números que quase não conseguimos contar rumemos para alguns de uma ou duas casas decimais. A delegação brasileira deu-nos três medalhas de ouro e um total de 17 medalhas. A equipe de futebol masculino, a mais badalada e bem paga que foi a Londres, logrou uma prata mixuruca. Esportes bem menos incentivados tiveram mais sucesso que o futebol.
Já nas paralimpíadas, a história foi bem mais agradável. O Brasil obteve 21 ouros do total de 43 medalhas. Não há o glamour das Olimpíadas: as partidas não são transmitidas em tempo real em qualquer canal aberto e os jornais não comentam muito.
Ainda que esses números, sozinhos, sejam poucos para definir o patamar de investimentos do governo em atletas, fica a dúvida, saltitando atrás da orelha: onde está a lógica em despejar milhões na conta de poucos atletas e deixar à própria sorte todos os demais?
Talvez Machado de Assis possa ajudar. Em Quincas Borba ele elaborou uma teoria com a máxima “ao vencedor, as batatas”. Explicava que havendo dois povos e comida apenas para um deles, seria suicídio coletivo tentar racionar o alimento entre todos. Seria muito mais inteligente que as batatas ficassem com o povo mais forte. Aqui na vida real, o mesmo ocorre.
Compensa muito mais aplicar muito dinheiro no futebol, que rende fortunas em publicidade do que repartir as verbas com muitos atletas e muitas modalidades. Não é por acaso que o Brasil é o país do futebol. Atletismo, judô, boxe não são páreos aos dribles dos cartolas.
Assim como no esporte, em educação, as prioridades estão longe da necessidade. O esporte e a educação andam juntos nesse caminho lamurioso. Há professores sem receber o piso salarial, que por si só já é uma afronta: 1.400 reais. Assim, perdemos um número incomensurável de atletas porque eles não têm um salário digno que lhes tire do trabalho atual para se profissionalizarem. Por má gestão. E isso é intencional.
Perdemos profissionais incríveis no ensino porque dezenas de empregos de nível médio e técnico pagam mais que o salário de professor. Por pura falta de intenção, por falta de querência. Não se quer. Não, mesmo.
Enquanto as batatas continuarem a ser entregues a poucos grupos, pouca coisa melhorará. Quando a fatia do bolo se aproximar um pouco da justa divisão, aí poderemos pensar em igualdade de oportunidades, em melhores resultados no esporte, em melhores índices educacionais.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A REUNIÃO DO CAPITÃO



_Bom dia, capitão!
_Bom dia, sargento. Bom dia, tenente.
O capitão recém chegava a sua sala, ao seu Posto de Comando.
_O Sr. vai na formatura da Bateria?
_Sim, cabo. Avisa o tenente que já estou indo. Só vou largar as minhas coisas no armário e já vou.
_Mas já são 13h30min. O expediente já começou, capitão.
_Cabo, avisa lá o tenente! Eu sei olhar as horas! Alguma dúvida?
_Mas, e cadê o pessoal, tenente?
_Capitão, o Sr. demorou e liberei todos.
_Tenente, eu não havia dito que era pra aguardar com o pessoal até eu chegar?
_O senhor falou, capitão, mas já são 14 horas!
_E daí? Reúna o pessoal agora. Tenho que falar com todos!
Tropa em forma: o tenente, os sargentos, cabos e soldados.
_Tenente, o capitão vai demorar? Já são 15 horas e preciso sair à rua pra comprar tinta pras paredes da sala do Coronel.
_Ouve só... Toque de reunião de Oficiais.
_Sargento, aguarda com o pessoal aqui. Vou lá pra reunião.
_Mas e o capitão, tenente?
_Vai pra reunião também, né!
_Ahhh... - coletivo.
_Opa, silêncio! Que baixaria é essa? Todo mundo quieto aí.
Fim da reunião de oficiais.
_Tenente, o pessoal está lá na Bateria pra reunião?
_Sim, capitão, desde às 15h.
_Capitão, preciso falar contigo. Aguarda aí um pouco.
_Sim, senhor, coronel. Tenente, não libera ninguém, certo?
...
_Tenente, e o capitão? Tenho muita missão pra hoje e já são 16:30h...
_O coronel chamou o capitão. Mas ele não demora.
_Capitão, estão todos aqui. Só não está o pessoal de serviço.
_Ótimo. Senhores, reuni vocês porque tenho alguns recados importantes. Era pra falar às 13:30h, mas não deu. Vamos aos recados...
Ouve-se mais um toque de corneta lá fora. São 17h, é o fim do expediente.
_Mas... e essa agora... Senhores, não quero segurar ninguém aqui no quartel após o expediente. Sei que todos têm suas missões dentro e fora do quartel e não quero atrapalhar. Vamos deixar os recados pra amanhã. Tenente, libera o pessoal.
_Sim, senhor, capitão.
_Amanhã, sem falta, tenente. 13:30h, todos prontos.
_Positivo, capitão. Atenção à Bateria, estão liberados. Até amanhã.

Um planeta chamado Biblioteca



Há um planeta muito lindo, com pessoas como nós, animais e plantas que falam, fantasmas, dinossauros e muitos outros seres da nossa imaginação. Um mundo que pode ser tanto belo quanto horroroso, nos encantar ou decepcionar, causar calafrios ou despertar paixões. Ou então, tudo isso junto. Creio que você já tenha visitado pelo menos uma vez na vida esse planeta, mesmo que nem lembre quando. Mas, de acordo com a pesquisa “Retratos da leitura no Brasil”, divulgada em 28 de março, para 75% da população, esse planeta chamado Biblioteca ainda é novidade.
A mesma pesquisa ainda relatou que a média de leitura do brasileiro é de 2,1 livros por ano. Isso que foram contados os lidos pela metade! Em 2007, a mesma pesquisa havia sido realizada e a média fora de 4,7. Números baixinhos, principalmente porque validaram livros didáticos, que encorpam significativamente essas estatísticas.
Além de a nossa cultura ser mais propensa à televisão que ao livro, à novela que ao romance, a miserabilidade enterra as esperanças de desenvolver o gosto pela leitura. Quem luta diariamente para conseguir uma refeição diária, uma roupa que proteja do frio, uma tábua que cubra o telhado da chuva, que perspectiva terá em investir dois reais num periódico? Quem será negligente com a família ao investir dez reais numa revista, se isso pode ser convertido no seu almoço?
Resta à escola, primordialmente nas áreas mais carentes - mas não unicamente nelas - o papel de apresentar o Planeta Biblioteca a seus discentes. Resta fazer despertar o gosto pela leitura e procurar criar ferramentas que envolvam os pais a participarem dessa construção do conhecimento com seus filhos, a mostrar aos progenitores ou responsáveis que novas perspectivas podem surgir através da leitura. Não é uma tarefa fácil acordar na criança o desejo pelas letras, a curiosidade por saber mais, a vontade de estar sempre em contato com o conhecimento. Mas é necessário.
Muita gente assistiu ou assiste à minissérie Gabriela. Mas, comparando, pouca gente leu Gabriela. Porque grande parte das pessoas gosta de novelas, filmes ou seriados, mas tem pavor de ler. Novela é uma comida mais pronta, já mastigada, não exercita muito a imaginação, mas também é história. Por vezes é a mesma história de livro homônimo. Arrisco a dizer que nunca é tão boa quanto a impressa. Então, onde parou ou por que não começou a vontade de ler?
O Ministério da Cultura, um mês após a divulgação daqueles números tristes do começo do texto, informou o investimento de 373 milhões no Plano Nacional do Livro e da Leitura. “Um brasileiro que lê cresce mais, e o Brasil cresce junto”, palavras da Ministra da cultura, Ana de Hollanda. Esse programa prevê a modernização e construção de bibliotecas.
Quem sabe se no futuro o índice de 75% que não conhecem biblioteca diminua. Quem sabe se a média de livros lidos ao ano volte aos 4,7, torne-se seis ou, algum dia, 10? Esses índices são possíveis, sim. E nem a tão longo prazo. Basta vontade de quem administra as cidades, estados e o país. Mas, principalmente, empenho dos pais e da escola para despertar o desejo pelas palavras.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Para que o pessoal não perca o que está acontecendo na comunidade acadêmica de Uruguaiana, divulgo dois eventos que ocorrerão nas próximas semanas na área da saúde:


I Simpósio de Envelhecimento da Fronteira Oeste
https://sites.google.com/site/simposiodeenvelhecimento/apoio


IV Semana Acadêmica de Enfermagem da Unipampa Uruguaiana
http://ivsemanadeenfermagemunipampa.blogspot.com.br/

domingo, 25 de março de 2012

Os encantos do fogo

CHEGA O DOMINGO, AQUELA FOLGUINHA, o pessoal reunido, carne temperada, fogo aceso. Espeta a carne e põe assar. Dali um tempo fica pronta e todo mundo delicia-se com o manjar. Você liga a televisão durante o almoço e surge uma notícia de última hora: foi deflagrada uma queimada no Mato Grosso (mais uma) e os bombeiros não conseguem apagar. Aí aparece aquela filmagem feita num helicóptero, de longe, do campo agonizante em chamas. Enormes labaredas de fogo. O que esses dois fatos têm em comum? Pergunta fácil: o enorme poder do fogo em trabalhar para o bem e para o mal em intensidades iguais.
Ele pode ser utilizado para o bem, esquentando o lar, ajudando a preparar a comida ou protegendo nossos ancestrais dos animais da floresta indócil. E também pode queimar hectares de vegetação em muito pouco tempo, destruindo os lares de incontáveis animais, pode queimar gente viva como na inquisição e até mesmo deixar uma criança com queimaduras de segundo grau durante uma brincadeira na cozinha.


 É interminável a lista de ações do Sr. Fogo. E a sua importância é tão significante que inspira também o imaginário. Que o diga Camões, com a sua máxima “amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente...”, também adaptada na canção "Monte Castelo" de Renato Russo. Os dois não falavam sobre o fogo. Suas intenções eram exprimir o inexprimível, o Amor. E nesse intuito, valeram-se do fogo para metaforizar. Eis aí o nosso amigo incandescente fazendo-se presente também na literatura e na música.


Desde pequeno tenho o encantamento de ver o clarão dos relâmpagos cortarem o céu sem dó e ouvir o trovejar. Esse poder descomunal que a natureza tem e apresenta-nos em ocasiões como estas, seduz-me. Também gosto de parar ao lado de uma fogueira e ficar a admirar as labaredas do fogo, ouvir os estalidos da lenha e sentir a onda de calor aproximar-se e esquentar o rosto. Fico a olhar as chamas... Aí não penso em mais nada, só olho, admiro aquela fonte de energia.


Impressiona-me a questão de que o fogo pode iniciar com materiais nada infláveis, como simplórias pedras e pedaços de madeira que atritados gerarão uma faísca e dela evoluirá a uma pequena chama, dessa chama a outra maior e se não for controlada, a uma queimada que nunca parará de crescer. Pode até ser um humor negro, mas ao mesmo tempo em que me compadeço com as pessoas prejudicadas por um incêndio, vidro-me nas labaredas, na incrível velocidade que avançam sobre novos materiais, resumindo-os a cinzas ou n'algo retorcido, deformado. Juro que se aquele sinistro não fizesse mal a ninguém, assistiria com gosto às macabras cenas de queimada. A propósito, será que Nero também era um admirador do fogo e por isso decidiu entrar para a história, arrasando Roma com ele?


Gostaria de atribuir ao fogo uma última característica. É fato que uma chama pode multiplicar-se rapidamente sem diminuir de tamanho. Essa multiplicação do fogo é nada mais que uma belíssima prova de solidariedade. Porque ele não é egoísta, não se importa em crescer também na madeira vizinha. Aliás, ele é inteligente. Porque sabe que se for multiplicado, o todo ficará ainda mais forte. O fogo é solidário, empresta sem pedir de volta, porque sabe que tornará a crescer.
Ele é instigante, perigoso e bélico. Tudo isso ao mesmo tempo. E tão infindável quanto o fogo, somente a água, que penetra em todo e qualquer lugar e consegue apagá-lo. Mas isso gera um outro texto. Este termina por aqui.

sábado, 12 de novembro de 2011

A SÍNDROME CHAPOLIN COLORADO

"A CRISE NA USP COMEÇOU EM 27 DE OUTUBRO, QUANDO TRÊS ALUNOS FORAM PEGOS COM MACONHA NO CAMPUS. Colegas tentaram impedir que eles fossem detidos e entraram em confronto com a PM. Na mesma noite, um prédio da FFLCH [Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas] foi invadido.

 Dias depois, uma assembleia decidiu pela desocupação por 559 votos a 458. Inconformada com a derrota, uma minoria deixou a FFLCH e invadiu a reitoria”.

 Lendo esse excerto do site da Folha Online de 09 de novembro, questiono-me onde está o dito respeito à democracia que os estudantes da USP tanto defendem. Se é premissa básica da democracia fazer valer a vontade da maioria, os poucos jovens que invadiram a reitoria ignoraram essa máxima. Se é ilegal fumar maconha na rua, em casa ou na universidade, aqueles três alunos estavam errados e ponto final. Alguma coisa parece confusa? É simples, preto no branco: um ato ilegal foi repreendido pela Polícia Militar; e umas poucas dúzias de inconformados não respeitou a vontade da maioria dos estudantes e invadiram a reitoria da universidade.

 Em maio um aluno havia sido assassinado no campus. Após isso a polícia reforçou o patrulhamento. E aquelas dúzias de baderneiros queriam exatamente o contrário: que a polícia não patrulhasse a área da universidade. Garanto-lhes que se após o assassinato os comandantes militares dissessem que não aumentariam o policiamento, os mesmos estudantes pressionariam por mais segurança. E com razão. Gostaria de saber se durante as invasões dos prédios os “revoltosos sem causa” preocuparam-se com a opinião da mãe do colega morto.
 É piada quererem a polícia fora da cidade universitária. Essa síndrome “Chapolin Colorado” assolou o imaginário dadaísta do grupinho lunático de universitários. Parece que se a polícia deixar de patrulhar a cidade universitária (que é pública!) e outra pessoa morrer, for assaltada, estuprada, basta implorar “quem poderá nos defender?”, um herói aparecerá e resolverá todos os problemas.

 Querendo que todos acreditem que voltamos às décadas de 60, 70 e 80, os jovens que ostentavam faixas com dizeres como “Não à repressão” mais se enganaram do que enganaram os outros. Não estamos em tempos de regimes totalitários - vivemos uma democracia consolidada, onde prevalece a vontade da maioria, o Estado divide-se em três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e as decisões judiciais devem ser cumpridas, porque é assim a regra do jogo.

  Não temos o Estado fardado batendo com cassetetes na população. Temos o Estado fardado cumprindo o seu papel legal -usar drogas ilícitas como a maconha é crime- e cumprindo uma decisão judicial: desocupação pela força, se necessário, de um órgão público. O diálogo é mais saudável e produtivo, mas não foi o caminho escolhido pelos “revoltosos sem causa”. É que quando faltam argumentos, tenta-se ganhar no grito.

  Foi muito oportuno o pensamento do colunista da revista Veja, Reinaldo Azevedo, em 12 de novembro: “Fico imaginando com que argumentos professores e estudantes de direito defenderiam que a Polícia Militar não pode pisar na USP ou que a Cidade Universitária, ao arrepio da lei, deva ser uma zona livre para o tráfico e consumo de drogas”.

  Acredito que muitos estudantes da USP que aderiram à invasão, lá estavam de gaiatos. Pouco sabiam o que estavam fazendo, mas como os amigos disseram que era uma luta pelos "direitos do povo" e mais uma dúzia de bê-á-bá inócuo, acabaram aderindo ao modismo. Os líderes do circo, esses sim sabia. Eram alunos baderneiros que queriam que a universidade permanecesse à margem da lei. E aí pergunto: quem chamarão quando um 38 estiver apontado para a cabeça? O Chapolin?

Os limites da bestialidade

Publicado no Jornal da Cidade Online, em 06 Nov 2011  O RAFINHA BASTOS FALOU DIAS ATRÁS QUE "COMERIA" A WANESSA CAMARGO E O BEBÊ QUE ELA ESPERA. Queria dizer que ela é tão gostosa que não haveria limites para traçá-la. É um linguajar pesado para sintetizar a história? Deveria ter colocado os *** no lugar das palavras de baixo calão? Ora, o apresentador falou isso em alto e bom tom na televisão, com repercussão muito maior que este texto e, nem por isso, a censura ou o bom senso tolheram seus verbos sujos. E aposto que o público infanto-juvenil que assistia ao programa era maior que este que lê.
Com a mesma demonstração de educação -o que é diferente de cultura, ele respondeu à Folha.com por e-mail ao ser questionado por suas piadas acerca de Fábio Assunção e da Nextel, “chupa o meu grosso e vascularizado cacete”.

Sabe o que isso parece? O dito aparício. Falem bem ou mal, mas falem de mim. Se Rafinha quer estar em todas as bocadas da mídia, está conseguindo, por um caminho torto e errante. E não é de hoje. Em outra ocasião, ele e o Marcelo Mansfield fizeram uma suposta “análise gramatical” de uma entrevista do “casal Nardoni”. Além de só dizerem asneiras, fizeram piada da morte da pequena Isabela. E daria para citar parágrafos e parágrafos de outros comentários indevidos.

Há quem diga que os políticos fazem a farra e ninguém dá bola, mas um humorista (humorista?) diz meia dúzia de bobagens e querem prendê-lo! Também temos os defensores da livre expressão. Da liberdade de imprensa. Do direito de dizer o que quiser sem censura. Afinal, estamos numa democracia, onde todos os cidadãos têm o direito de se expressarem. Fora ditadura! Fora DOPS! Fora DOI-CODI! Viva a imprensa livre...

Existe uma enorme diferença entre liberdade de expressão, censura e respeito. Assim como os desvios de verbas públicas que ocorrem em Brasília interferem no nosso quotidiano, um apresentador como o Rafinha exerce muita influência sobre seus telespectadores. E quem são os telespectadores? Eu, você, seu pai, seu tio, seu primo e seus filhos. E por que existe a apelação? O apelo -geralmente sexual- surge quando acaba o conteúdo.

Se ainda há alguém que não vê maldade nas palavras do pseudo-humorista, responda à seguinte pergunta: se ele falasse para você que comeria a sua esposa grávida, você deitaria e rolaria no chão de tanto rir?

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