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Para que o pessoal não perca o que está acontecendo na comunidade acadêmica de Uruguaiana, divulgo dois eventos que ocorrerão nas próximas semanas na área da saúde: I Simpósio de Envelhecimento da Fronteira Oeste https://sites.google.com/site/simposiodeenvelhecimento/apoio IV Semana Acadêmica de Enfermagem da Unipampa Uruguaiana http://ivsemanadeenfermagemunipampa.blogspot.com.br/

Os encantos do fogo

CHEGA O DOMINGO, AQUELA FOLGUINHA, o pessoal reunido, carne temperada, fogo aceso. Espeta a carne e põe assar. Dali um tempo fica pronta e todo mundo delicia-se com o manjar. Você liga a televisão durante o almoço e surge uma notícia de última hora: foi deflagrada uma queimada no Mato Grosso (mais uma) e os bombeiros não conseguem apagar. Aí aparece aquela filmagem feita num helicóptero, de longe, do campo agonizante em chamas. Enormes labaredas de fogo. O que esses dois fatos têm em comum? Pergunta fácil: o enorme poder do fogo em trabalhar para o bem e para o mal em intensidades iguais. Ele pode ser utilizado para o bem, esquentando o lar, ajudando a preparar a comida ou protegendo nossos ancestrais dos animais da floresta indócil. E também pode queimar hectares de vegetação em muito pouco tempo, destruindo os lares de incontáveis animais, pode queimar gente viva como na inquisição e até mesmo deixar uma criança com queimaduras de segundo grau durante uma brincadeira na cozinha.

A SÍNDROME CHAPOLIN COLORADO

"A CRISE NA USP COMEÇOU EM 27 DE OUTUBRO, QUANDO TRÊS ALUNOS FORAM PEGOS COM MACONHA NO CAMPUS. Colegas tentaram impedir que eles fossem detidos e entraram em confronto com a PM. Na mesma noite, um prédio da FFLCH [Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas] foi invadido.  Dias depois, uma assembleia decidiu pela desocupação por 559 votos a 458. Inconformada com a derrota, uma minoria deixou a FFLCH e invadiu a reitoria”.  Lendo esse excerto do site da Folha Online de 09 de novembro, questiono-me onde está o dito respeito à democracia que os estudantes da USP tanto defendem. Se é premissa básica da democracia fazer valer a vontade da maioria, os poucos jovens que invadiram a reitoria ignoraram essa máxima. Se é ilegal fumar maconha na rua, em casa ou na universidade, aqueles três alunos estavam errados e ponto final. Alguma coisa parece confusa? É simples, preto no branco: um ato ilegal foi repreendido pela Polícia Militar; e umas poucas dúzias de inconformados não respe

Os limites da bestialidade

Publicado no Jornal da Cidade Online , em 06 Nov 2011   O RAFINHA BASTOS FALOU DIAS ATRÁS QUE "COMERIA" A WANESSA CAMARGO E O BEBÊ QUE ELA ESPERA. Queria dizer que ela é tão gostosa que não haveria limites para traçá-la. É um linguajar pesado para sintetizar a história? Deveria ter colocado os *** no lugar das palavras de baixo calão? Ora, o apresentador falou isso em alto e bom tom na televisão, com repercussão muito maior que este texto e, nem por isso, a censura ou o bom senso tolheram seus verbos sujos. E aposto que o público infanto-juvenil que assistia ao programa era maior que este que lê. Com a mesma demonstração de educação -o que é diferente de cultura, ele respondeu à Folha.com por e-mail ao ser questionado por suas piadas acerca de Fábio Assunção e da Nextel, “chupa o meu grosso e vascularizado cacete”. Sabe o que isso parece? O dito aparício. Falem bem ou mal, mas falem de mim. Se Rafinha quer estar em todas as bocadas da mídia, está conseguindo, por um caminho

Revisão da aula

Publicado no Jornal da Cidade Online , em 30 Out 2011. "PROFESSOR, GOSTEI BASTANTE DAS SUAS AULAS. ENSINOU QUE PRECISAMOS APRENDER". Quando estava terminando o meu último estágio do curso de Letras no ano passado, adotei a mesma técnica que minha colega de faculdade havia praticado no ano anterior ao acabar as aulas com seus alunos: pedia a todos o feedback de suas aulas, o retorno da (in)satisfação, para que pudesse reforçar as ações tidas como positivas e corrigir o que não dera certo, ou como diz o pessoal de gestão administrativa, identificar as O portunidades de Inovação e Melhoria . Foi muito bom ter feito, dissera ela naquela ocasião. Copiando a ideia, solicitei que escrevessem o que haviam achado das aulas. Sinceridade deveria ser o ponto central. Confesso que fiquei com certa apreensão do que leria posteriormente, mas como não tinha muita expectativa, o receio também não era muito grande. Isso porque, como não fiz Curso Normal nem trabalhava na área, f

O CONTADOR DAS MORTES NO TRÂNSITO

Publicado no Jornal da Cidade Online , em 23 Out 2011 ASSIM COMO NAS DEMAIS VEZES, O MOTORISTA DE AMBULÂNCIA E SOCORRISTA DE FLORES DA CUNHA (RS) FOI ACIONADO PARA ATENDER A UM ACIDENTE. Aparentemente, seria um socorro igual aos anteriores. Mas não era. Dentre os acidentados estava o seu filho. E o mais grave: a vítima fatal era esse jovem. Uma história horripilante e, infelizmente, real, ocorrida no dia 14 de outubro. A morte é algo que não conseguimos evitar. Mas se estamos em idade avançada, enfermos com alguma doença terminal, a espera pelo fim derradeiro torna-se mais natural, mais aceitável. No entanto, mortes em assaltos, acidentes de trânsito ou por qualquer outra razão inesperada agrava a dor. Porque nessas horas não há tempo para despedir-se em vida, ficaram abraços sem serem dados e desculpas engasgadas na garganta. O teste do bafômetro realizado pela Polícia Militar acusou que o Sr. Roger Luis Puglia, motorista do Palio que se chocou com a moto onde estava o jovem fale

Umbigos sujos

DEPOIS DE CORRENTES DE E-MAILS E COMUNICADES NO ORKUT ESCANCARAREM PÉROLAS DA REDAÇÃO DO ENEM que ferem brutalmente as normativas gramaticais vigentes (e que até hoje não sei se, realmente, aquelas frases são verdadeiramente das provas ou foi alguém que as inventou e o boato se disseminou), chegou a vez do Facebook. No espaço “no que você está pensando agora” o usuário compartilha seus pensamentos, faz propaganda de seus produtos, xinga o Governo, conta piadas e cita uma interminável relação de palavras e frases que os “ignorantes” teimam em repetir, erradamente. Para ilustrar, transcrevi um comentário pesado contra esse “assassinato gramatical”: “Campanha em favor do nosso português: 'desde' se escreve junto; 'menas' não existe; 'seje/esteje' – está errado; 'com certeza' – se escreve separado; 'de repente' se escreve separado; 'mais' – antônimo de menos; 'mas' – sinônimo de porém; 'a gente' – separado; 'agente'